domingo, 25 de maio de 2008

O Cristão e o Mundo

"Primeiro a Erva, depois a espiga e, por último, o grão cheio na espiga"
(Jesus – Marcos, 4:28)

Ninguém julgue fácil a aquisição de um título referente à elevação espiritual. O Mestre recorreu sabiamente aos símbolos vivos da natureza, favorecendo-nos a compreensão.

A erva está longe da espiga, como a espiga permanece distanciada dos grãos maduros.

Nesse capítulo, o mais forte adversário da alma que deseja seguir o Salvador, é o próprio mundo.

Quando o homem comum descansa nas vulgaridades e inutilidades da existência terrestre, ninguém lhe examina os passos. Suas atitudes não interessam a quem quer que seja. Todavia, em lhe surgindo no coração a erva tenra da fé retificadora, sua vida passa a constituir objeto de curiosidade para a multidão. Milhares de olhos, que não o viram quando desviado na ignorância e na indiferença, seguem-lhe, agora, os gestos mínimos com acentuada vigilância. O pobre aspirante ao título de discípulo do Senhor ainda não passa de folhagem promissora e já lhe reclamam espigas das obras celestes; conserva-se ainda longe da primeira penugem das asas espirituais e já se lhe exigem vôos supremos sobre as misérias humanas.

Muitos aprendizes desanimam e voltam para o lodo, onde os companheiros não os vejam.

Esquece-se o mundo de que essas almas ansiosas ainda se acham nas primeiras esperanças e, por isso mesmo, em disputas mais ásperas por rebentar o casulo das paixões inferiores na aspiração de subir; dentro da velha ignorância, que lhe é característica, a multidão só entende o homem na animalidade em que se compraz ou, então, se o companheiro pretende elevar-se, lhe exige, de pronto, credenciais positivas do céu, olvidando que ninguém pode trair o tempo ou enganar o espírito de seqüência da Natureza. Resta ao cristão cultivar seus propósitos sublimes e ouvir o Mestre: Primeiro a erva, depois a espiga e, por último, o grão cheio na espiga.

(Emmanuel em Caminho, Verdade e Vida p. 219/220)


domingo, 23 de março de 2008

Prática do Bem

Porque assim é a vontade de Deus que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos.”

(I Pedro, 2:15)

À medida que o espírito avulta em conhecimento, mais compreende o valor do tempo e das oportunidades que a vida maior lhe porporciona, reconhecendo, por fim, a imprudência de gastar recursos preciosos em discussões estéreis e caprichosas.

O apóstolo Pedro recomenda seja lembrado que é da vontade de Deus se faça o bem, impondo silêncio à ignorância e à loucura dos homens.

Uma contenda pode perdurar por muitos anos, com graves desastres para as forças em litígio; todavia, basta uma expressão de renúncia para que a concórdia se estabeleça num dia.

No serviço divino, é aconselhável não disputar, a não ser quando o esclarecimento e a energia traduzam caridade. Nesse caminho, a prática do bem é a bússola do ensino.

Antecedendo qualquer disputa, convém dar algo de nós mesmos. Isso é útil e convincente.

O bem mais humilde é semente sagrada.

Convocado a discutir, Jesus imolou-se.

Por se haver transformado Ele próprio em divina luz, dominou-nos a treva da ignorância humana.

Não parlamentou conosco. Ao invés disso, converteu-nos

Não reclamou compreensão. Entendeu a nossa loucura, localizou-nos a cegueira e amparou-nos ainda mais.

Emmanuel

(Livro Caminho, Verdade e Vida – Lição 60)